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A Sala de Recursos Multifuncionais do Centro de Educação de Jovens e Adultos - CEJA Ana Vieira Pinheiro é um espaço onde o AEE- Atendimento Educacional Especializado acontece considerando as necessidades específicas do aluno para complementar e/ou suplementar a sua formação, identificando, elaborando e organizando recursos pedagógicos e de acessibilidade que favorecem a inclusão e eliminam as barreiras para a plena participação dos alunos com deficiência, fortalecendo sua autonomia na escola e fora dela.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Os surdos não são mudos

Os surdos não são mudos


É comum ouvirmos de pessoas leigas a expressão “surdo-mudo”. Aqui há um equívoco que precisa ser esclarecido.
O pensamento parece lógico: é de senso comum que aprendemos a falar ouvindo. Logo, se não ouvem, os surdos não aprendem a falar.
Mas o termo “mudo” não surge necessariamente dessa relação. Mudo é aquele que não faz uso de seu aparelho fonador para a fala ou qualquer outra manifestação vocal. Pessoas ou crianças psicóticas, por exemplo, podem apresentar mudez como um sintoma de sua alteração psíquica. Há ainda aqueles que, por serem acometidos por câncer na laringe, fazem uma laringectomia (cirurgia para a retirada do órgão responsável pela produção sonora da fala), tornando-se temporariamente “mudos”, pois, ainda assim, podem reaprender a falar usando outras estratégias, como a voz esofágica (produzida pelo esôfago).
Se não acometidas por alterações psíquicas e/ou orgânicas que interfiram em suas pregas vocais, pessoas surdas podem sim produzir sonorização vocal. Ainda que se comuniquem pela Língua de Sinais e não saibam falar, apresentam vocalizações ao sinalizar e usam a voz quando estão em perigo. Além disso, podem desenvolver a linguagem oral por meio de um processo terapêutico fonoaudiológico.

Vale a dica: A terminologia “mudo” relacionada aos surdos nasceu na antiguidade, quando se acreditava que uma pessoa só teria condição de humanidade se houvesse a fala. Foi preciso a comprovação científica de que o surdo possui uma laringe funcional para que se começasse a acreditar em seu potencial para falar e, ainda assim, a Língua de Sinais exerce, por aqueles surdos que não possuem a linguagem oral, a mesma função de linguagem que a fala, sendo forma legítima e natural de comunicação e expressão de pessoas surdas. Assim, retire do seu vocabulário a expressão “surdo-mudo” e passe a se referir às pessoas com perda de audição somente como surdos.
* Por Marcus Vinicius Batista Nascimento, fonoaudiólogo e mestre em linguistica aplicada e estudos da linguagem pela PUCSP, tradutor intérprete de LIBRAS/Português/LIBRAS –PROLIBRAS/MEC.

FONTE: http://www.ifono.com.br/ifono.php/os-surdos-sao-mudos-
 Acesso disponível em 30/05/2013 às 19h.

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